19 de dezembro de 2025

Estudante da Universidade SENAI CIMATEC é selecionada pela UNICEF para grupo jovem sobre Inteligência Artificial

Com uma história inspiradora, da formação técnica até a graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Amanda Lins, aluna da Universidade SENAI CIMATEC, foi convidada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF Brasil) a integrar o Grupo de Trabalho Jovem (GTJ) TekoIA – Programa de Letramento em Inteligência Artificial.

É um orgulho imenso para a instituição ver uma trajetória brilhante ganhar ainda mais força e reconhecimento. As atividades do programa acontecem durante dezoito meses, entre dezembro de 2025 e maio de 2027, e envolvem uma série de questões sociais a serem debatidas pelos jovens participantes.

Confira a entrevista com a aluna:

O que o convite da UNICEF Brasil significa para você enquanto cidadã e enquanto profissional?

Essa conquista significa tanto. Nos últimos anos, venho acompanhando a ascensão da Inteligência Artificial (IA) e, no meio acadêmico, enquanto bolsista do CCIA do CIMATEC, pude ver de perto o potencial da tecnologia.

É uma revolução que causa anseios em alguns setores da sociedade. Depois que a IA foi democratizada e surgiram plataformas como o ChatGPT, dediquei uma boa parte do meu tempo para entender isso, pensar como a gente pode inovar de uma forma que gere mais impactos positivos e inclusão para todos.

Vivemos diversos “Brasis” dentro de um único Brasil. Precisamos de discussões para avaliar a influência das novas tecnologias em diferentes territórios. Essa é a chamada do programa da UNICEF: como podemos colaborar para criar um letramento digital que alcance o maior número de Brasis possível?


De que forma sua trajetória desde o curso técnico até sua graduação no CDIA contribuiu para que você chegasse a esse momento?

Antes, quando passei no curso técnico de IA, eu tinha o sonho de fazer uma graduação na área de meio ambiente – e ainda pretendo fazer uma pós. Mas, durante o processo, entendi que mudar a rota poderia ser uma boa escolha.

Não quero ser a melhor pessoa técnica, mas, sim, me tornar uma liderança capaz de propor as melhores soluções. Foi isso que me cativou a continuar a área.

Trabalhar com IA é ótimo para pessoas curiosas, a interdisciplinaridade do tema me encanta muito. No primeiro semestre da graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da Universidade SENAI CIMATEC, pude enxergar como a profissão me permitiria viver experiências diversas.


Que habilidades ou experiências do curso CDIA você acredita que fizeram diferença para o convite?

Gosto de dizer que sou o equilíbrio entre as ciências exatas e humanas. Quando estou em um ambiente que discute impacto social, sempre busco trazer a perspectiva técnica das coisas também. Durante o curso técnico e a graduação, desenvolvi e sigo aprimorando o meu olhar, para conseguir argumentar de forma cada vez mais precisa.

Minha experiência no CIMATEC Startups, com a Alimentaê, por exemplo, ampliou muito minha visão sobre negócio e proposta de valor.


Como você enxerga a responsabilidade de representar jovens em um debate tão relevante sobre os impactos da IA na sociedade?

Sempre estive presente em movimentos de liderança jovem. Espero poder passar os meus conhecimentos adiante de uma forma consistente e responsável.

É uma responsabilidade muito grande ocupar esses espaços. Tenho como objetivo representar os desafios do nosso território, para que sejam discutidas estratégias para impulsionar o desenvolvimento e a democratização tecnológica na Bahia e no Nordeste.

Nosso time está bem diverso, temos jovens do Norte ao Sul do país. E esse movimento da UNICEF não acontece somente no Brasil, existem iniciativas parecidas em outros lugares, todas com o mesmo propósito de impactar a juventude global.


Como vai ser essa atividade e quais são suas expectativas para essa participação?

Não tem um calendário exato. As atividades têm duração de dezoito meses. Vamos receber demandas como examinar nosso território para elencar as principais carências locais, por exemplo. É uma oportunidade de sermos protagonistas em discussões sobre impacto social.

Somos um grupo de doze jovens brasileiros com o objetivo de promover debates e opiniões para que a UNICEF elabore planos de ação para inspirar outros jovens.

Fazer parte disso é uma experiência muito enriquecedora. Vamos capacitar outros jovens, falando sobre inteligência artificial, tecnologia, mas também valorizando a cultura dos nossos Brasis.

O futuro não demora, e cabe a nós propor melhorias, buscar o protagonismo no processo de transformação digital e, sobretudo, gerar acesso para os desassistidos. Não adianta limitar a tecnologia a uma bolha, ela deve superar as barreiras e existir para todos. Esse é o meu propósito, que está alinhado ao programa também.